terça-feira, junho 24, 2008

CARTEIRADA AQUI NÃO!

Graças ao meu suado trabalho, não estou passando fome. Nem estou precisando de nada. Não estou rico mas, as contas não estão atrasadas. Nem em dia. Está tudo nos conformes e vamos indo bem. Obrigado.

Por isso, não estou desesperado para vender os 400 exemplares do meu livro "TE PEGO LÁ FORA", alojados provisoriamente no corredor aqui do meu apErtamento, por falta de espaço. Vou vendendo conforme a música, a rua, convite nos eventos, pedidos de amigos, enfim. Tranquilamente assim.

E, como dito, apesar da falta de espaço, não estou desesperado para me desfazer dos livros. Principalmente através de doação e, o que é pior: doação para ESCRITORES E EDITORES com condições suficientes para comprá-los.

Porque tá um tal de escritor, editor de revista, me mandar emeio pedindo para eu enviar um exemplar que não tá escrito. O cara - ou a mina - diz assim: "Sou editor da revista tal, especializada em literatura, especializada em educação, e estamos interessados em conhecer melhor a sua obra, poderia enviar um exemplar para a Rua Onde o Vento Faz a Curva, s/n - Bairro Onde Judas Perdeu as Botas - Por aí - Brasil". Ah, não. Num rola, amigo. Onde já se viu? Nunca fiz isso. Sempre que quis uma revista eu fui lá na banca e comprei. Ninguém perguntou se eu tinha dinheiro, se eu queria de graça. Fui lá e comprei. O esquema é o mesmo, amigo. Tu quer? Compre.

E nem vem com esse xaveco furado que vai compensar com a divulgação, matéria, porque eu não to pedindo nada.

Pior também são os escritores. Rolar um escambo, uma troca de livros eu acho ótimo. Uma delícia. Tenho um puta dum prazer em entregar um livro meu e receber outro em troca. Agora, só porque o fulano se acha "famoso", se apresenta: "Sou fulano de tal" acha que eu tenho que dar um livro meu? Ah, não. Convenhamos. Nunca pedi livro pra escritor nenhum, os que ganhei as pessoas deram de boa vontade. Nunca dei carteirada - mesmo porque quem sou eu para fazer isto? Sou daqueles de comprar o livro, pra valorizar o escritor, valorizar o trabalho. Então, tem interesse? Façam o mesmo. Compre. Senão, não precisam conhecer o livro e está tudo certo.

Não se trata de ser mão-de-vaca. Se trata de fazer a coisa certa, porque tem muita gente folgada por aí, querendo ganhar as nossas custas.

E eu dou livro sim. Para bibliotecas públicas, munipais, estaduais, escolares. Ou de pessoas firmezas, que eu conheço e confio, sei que vão socializar a obra. Ou para aquelas que demonstram um imenso interesse e, infelizmente, não tem condições de comprar. Para elas, eu dou. De coração. Do contrário, compre.

Carteirada aqui não.

2 comentários:

Eulália disse...

Apoiado. Se fosse em qualquer outra área, eu não apoiaria, diria - mas a divulgação tem um preço, etc. etc. Mas na pedagogia, é melhor que quem tiver que conhecer chegue com as próprias pernas, penso assim. Porque nunca se sabe a interpretação que os pedagogos da revista tal vão dar pra o trabalçho, em que balaio eles vão tentar enfiar a gente. E o meio profissional infelizmente não prima pelo senso crítico. Compra essas revistas como "pacote de conhecimento", "reciclagem profissional", etc. Não, se acontecer de uma publicação dessas divulgar seu livro, acho que vai ser mais o caso de depois cavar espaço pra se defender...
Beijinho.

Robson Canto disse...

www.robson-canto.blogspot.com